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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CRÍTICA POLÍTICA (Reflexão).

Confissões de um Eterno Candidato Perdedor


                                      Xiko Mendes


Há três décadas que eu sou candidato.
O meu grande sonho é ainda ser prefeito.
Mas sei que sou um político muito fraco,
Pois disputei 6 eleições e não fui eleito.


Há trinta anos virei o príncipe da família.
Meus parentes torcem por minha vitória.
Porém, eu sei que essa é uma armadilha,
Pois a cada derrota minha situação piora.


Eu sou um homem acomodado e pacato.
Eu não estou preparado para dirigir nada.
Passei a vida toda apenas como candidato.
Se eleito, deixarei a cidade desgovernada.


O meu pai morreu e deixou muita herança,
Mas esse patrimônio dele está abandonado.
Nunca fui patrão e, desde quando criança,
Não tenho talento para projetos arrojados.


Eu não posso negar que meu maior defeito
É ser vagaroso e um homem muito indeciso.
Eu nunca fui de atitude e esse é o meu jeito
De não saber decidir no momento decisivo.


Sei que isso é triste, mas é público e notório:
Há trinta anos eu sou vítima do comodismo.
Não sei fazer nada a não ser neste escritório
Ser um office-boy de luxo com altruísmo.


Estou parado no tempo sem me atualizar.
Passei trinta anos somente como candidato.
Em três décadas sou o mesmo sem estudar;
E, se for eleito, serei um governante pacato.


Eu não tenho vocação para empreendedor.
E saibam todos que se eu for mesmo eleito,
Continuarei como office-boy fazendo favor
E nenhuma obra vou inaugurar como prefeito.


Ao nosso Povo aqui em Barão de Lucasil,
Eu confesso neste Resumo Autobiográfico:
Vote de forma livre porque discurso vazio
Só serve como arma de demagogo-candidato.


E eu não sou demagogo; sou homem sincero.
Não preciso enganar você escondendo defeito.
E em toda a minha vida nada mais eu quero
Além de viver em paz, mesmo não sendo eleito.